Primeiramente, desculpas por ter furado o post na semana passada. Sacomé, né, os trabalhos e as faculdades estão me deixando meio pirada esses dias… Mas bem, antes tarde que nunca, não é mesmo? rsrsrs…
Eu sou uma pessoa muito ligada em arte e cultura, e sou extremamente apaixonada por cinema. Todo tipo de filme, dos cults europeus a alguns besteiróis americanos, adoro todos. E uma coisa tem me chamado muito a atenção quando o assunto é comédia romântica.
Antigamente a gente tinha a mesma receitinha: Mocinha sem graça e desajeitada gostava do mocinho que era do tipo garanhão, pegava todo mundo. Um belo dia a mocinha desencanava do gostosão e se “descobria”, ou seja, dormia feiosinha, acordava lindona e um tantinho esnobe seja por ajuda das amigas ou por que foi humilhada pelo gostosão na frente de todos, não importa, ela muda. E isso faz o cara olhar pra ela diferente, pedir desculpas, todos se apaixonam e vivem felizes para sempre. The End. Basicamente era isso, salvo pequenas alterações.
Mas o que venho observando é que isso tem mudado muito. E agora as mulheres são as garotonas, que não querem saber de compromisso. Elas saem caçando pelos bares norteamericanos (e agora brasileiros, pois essa receitinha já chegou por aqui), dormem a cada dia com um carinha diferente, dão-pra-deus-e-o-mundo. E claro, são todas lindas, ricas, moram num loft super bacanudo, trabalham como publicitárias, jornalistas ou coisas do tipo e sempre tem algum carinha ligando e elas dispensando. Não dispensam o instrutor da academia, o dentista, o jardineiro e claro, o gostosão do supermercado (por que os caras dos mercados de lá são sempre bonitões). Daí um dia elas conhecem alguém que aos poucos se apaixona pela dona, mas ela não muda de ideia, até que o cara desiste e a moça, antes completamente “desprendida e desacreditada do amor” se diz pronta para amar (por sinal, foi um filme muito ruim com este título que me inspirou esse post) e vai lá ter o happy ending dela.
COMOASSIM? Quer dizer que tanto se lutou pela liberação sexual, cada uma faz o que quer com seu corpo, se quer transar antes do casamento, transa, por que enfim, a cabeça é de cada um, tanto se fez para agora a mulher ser muitas vezes retratada, resumidamente, como aquela que “deu pra todo mundo, cansou e agora está pronta pra amar”?
Sempre fui contra ambas as formas de se retratar a coisa. Tanto o cara gostosão versus a mocinha desajeitada quanto a dona desprendida versus o carinha salvador. Não defendo nenhuma, mas essa nova ondinha das mulheres dando pra geral nos filmes tá conseguindo ser pior do que quando eram os carinhas pegadores. Não por ser normal um cara ser pegador, isso é sexismo do mesmo jeito e não tô aqui pra isso. Mas claro, todo homem quer ser aquele cara do filme que sai pegando todo mundo, e isso, na cabeça da sociedade, “é massa!”. Mas tem mulher que quer ser a moça da telona, que deu pra metade de Hollywood? Quede? E quem acha o máximo a outra ter isso como ideal de vida?
E se alguma mulher te diz que sim, quer é essa vida de sair por aí comendo todo mundo e pronto, ah, de boa? Mentira. Que a pessoa diga que não quer se envolver, ok. Um caso aqui, outro ali, tranquilo. No melhor estilo “500 dias com ela”, pra manter o exemplo cinematográfico. Mas quem vê um personagem desses no filme e diz que quer ser igual, é por que no fundo espera ter o mesmo final que teve no filme, encontrar alguém que a faça mudar de ideia, ou seja, o fim é o mesmo, o meio é que é falsamente inventado. Nada mais do que uma mentira contada para si mesmo…
E bom, continuarei assistindo meus filmes. Vamos ver qual a moda a seguir…
P.S.: Desculpem o post gigantesco!!!! Mas pelo menos fica pra compensar o da semana passada! 😉